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Crônica para Belinello


Quando comecei minha carreira em Jornalismo, no rádio, no final da década de 1980, apresentava um programa de esportes na Rádio Andradina AM, em Andradina (SP). Substitui o jornalista Moacyr Golveia, profissional experiente, que deixava a emissora.

Ao meu lado, no programa, sentava um senhor muito experiente também, um profundo conhecedor de futebol. Era Esmael Belinello. Na verdade, a grande atração do programa era ele. Eu sentava ao seu lado para simplesmente ler as notícias.

Quando o programa começava, iam ao ar vinhetas com nossos nomes, bem ao estilo da tradicional vinheta do Brasil na Copa do Mundo, com aquele eco enorme: José Marcos cos cos cos!!! Esmael Belinello lo lo lo! E ele emendava: "Essa dupla dá samba".

Nunca entendi muito de esporte ou futebol. Lia as notícias e dava a deixa para ele. Perguntava a Belinello sobre um time e ele discorria a respeito, com total maestria.

O tempo passou e fui revê-lo somente por causa de um problema familiar. Nos encontramos na OAB de Andradina, onde atuava com advogado influente. E me reconheceu. Era um reencontro com o mestre.

Ontem (01/10/2009), recebi a notícia de sua morte. Todas essas cenas do meu início de carreira ao seu lado, do aprendizado com alguém tão experiente, vieram à minha cabeça e me emocionaram. Precisava escrever algo que destacasse o grande homem que Belinello foi e sua influência em minha vida e na de muitos outros, com certeza.

Quando ele chegar lá no céu, será recebido, com certeza, pelos grandes esportistas de nossa época, que também já nos deixaram. E uma vinheta será ouvida bem alto em meio ao clima celestial: Esmael Belinello lo lo lo...


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