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Descanse em paz, vó Maria

A terça-feira (3) amanheceu mais triste, sem a vó Maria. Acordei com a notícia.

Uma mulher batalhadora, que criou bem todos os seus 12 filhos: 6 mulheres e 6 homens. O marido morreu há 30 anos.

A vó Maria, mãe de dona Luzia, minha sogra, sempre foi muito querida por toda a família, principalmente pela Luci Neide, minha esposa. Ficava admirado com a quantidade de gente que se reunia nas festas de seu aniversário, em Andradina.

Ela era devota de uma igreja e adorava ouvir os hinos em fitas cassete. Quando o cabeçote do aparelho ficava sujo, esperava pacientemente eu ir visitá-la em Andradina para limpá-lo.

A idade começou a pesar e vieram os problemas de saúde. Entre eles, a perda da visão. Também tinha dificuldades para caminhar e passou a ser cuidada pelos filhos, em rodízio.

Certa vez, fomos visitá-la em Andradina. Levei minha mãe. Ao encontrá-la, disse:

- Vó, trouxe minha mãe para a senhora ver.

Brincalhona, logo disparou:

- Mas eu não enxergo...

Respondi:

- É jeito de falar, né... dããã!

E rimos juntos.

Há pouco mais de um mês, a vó Maria perdeu uma das filhas mais novas, a Nair, uma das primeiras que iam visitá-la toda vez que piorava da saúde. Foi neste dia, véspera da ano-novo, a última vez que a vi. Ela estava sentada no sofá da casa de minha sogra. Dei-lhe um abraço forte e disse que a amava.

Nesta semana, ela piorou. Foi internada na UTI. Hoje (3), descansou de tanto sofrimento.

Estou escrevendo este post antes de pegar estrada, com minha família, para ir me despedir. Como jornalista, escrever a melhor forma que tenho para homenageá-la.

Descanse em paz, vó Maria.


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