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Um beijo na alma, Dalborga


Autêntico, desbocado, polêmico, conversador, irreverente e sensacionalista. Estes e outros adjetivos peculiares são direcionados a Luiz Carlos Alborghetti, que no último dia 9 cumpriu sua missão terrena. Jornalista sem papas na língua, ele criou um estilo inimitável de fazer comunicação.

Dalborga ou Alborga, como era chamado, adotou Curitiba e o “Paranã” (sim, ele pronunciava o Estado desta forma), como seu ponto de trabalho, porém ele é de Andradina (SP), cidade que revelou muitas celebridades, especialmente dentro do futebol.

Por 30 anos, Alborghetti foi um dos principais nomes do rádio e TV no Paraná. Ele se sagrou como referência do jornalismo policial por meio de um estilo durão e em alguns momentos passionais ao extremo. Esta postura original foi ecoada e hoje muitos programas “sangrentos” tentam copiar a maneira com a qual Dalborga apresentava. Contudo, ninguém consegue ser tão folclórico quando ele, até mesmo Ratinho, o qual foi “cria” do apresentador.

ASSISTA AO VÍDEO:

Com óculos escuros, uma toalha no ombro, camiseta largada, um cacetete e uma ira que chegava à comédia, Alborghetti foi ganhando popularidade por meio de frases curtas e grossas do tipo “cadeia já”, “no colo do capeta”, “um beijo na alma”, e muitas outras, que fizeram dele um ícone popularesco.

Entretanto, atrás daquele jeito desbocado e até grosseiro estava um homem de bom coração. Alborghetti desencadeou várias ações sociais no Paraná pelo rádio, meio que o consagrou.

Alborghetti também participou da vida pública paranaense. Pelo antigo PFL, ele foi vereador por cinco anos em Londrina e 16 anos deputado estadual no seu Estado adotivo.

Nos últimos meses, ele lutava contra um câncer no pulmão, porém trabalhou até outubro, demonstrando o vigor e a irreverência. Mas, infelizmente, esta luta ele perdeu, e agora fica a lembrança daquelas tardes na CNT, as quais nos fazia rir com a violência. Pode parecer contraditório, mas pelo menos não era tão explorador como se vê hoje.

Um beijo na alma, Dalborga!

Texto de Cláudio Henrique


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