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Um gambá invadiu a minha casa

 O bichinho até fez pose para foto, sem reagir 

Fui acordado durante a madrugada pelos latidos da minha cachorrinha. Logo, corri para a cozinha, acreditando que ela tenha visto alguém no corredor. Acendi a luz, olhei e nada... Acendi as luzes do corredor... Nada... Agitada, minha cachorrinha Aba olhava para o vitrô da porta da cozinha e chorava, como que quisesse que eu abrisse a porta para ela sair. Eram 4h. Como qualquer 'papai babão', afinei a voz e perguntei a ela, docemente - como se esperasse uma resposta -, o que tinha vista para estar daquele jeito.

De repente, um bicho pula na grade do vitrô de uma das janelas. Enorme! À primeira vista, uma ratazana, pela silhueta bizarra vista através do vidro. Gritei por minha esposa, que dormia, para que segurasse a cachorra e logo me armei com um cortador de galhos.

Minha amada amante rapidamente correu para a cozinha, segurou a Aba e eu, valente como Bruce Willis - e careca como ele -, abri a porta e fui encarar o monstro assassino que ameaçava minha família.

Então, qual não foi minha surpresa ao dar de cara com um bicho que não era rato, mas tinha tudo, inclusive uma cauda enorme e pelada... Passado o impacto, ele me olhou, segurando na grade, mas não reagiu. Apenas olhou, mais assustado que eu.

Já havia matado um rato bem menor com aquele tipo de 'arma'. Mas aquele bicho de longe metia medo. Pelo contrário. Olhava para mim, mas não mostrou dentes, não reagiu. Apenas ficou olhando. Baixei o tesourão e não consegui fazer nada...

O que fazer nesta hora? Peguei, então, um espeto de churrasco.

Agora, me sentindo um guerreiro numa arena, encarei o Pikachu com minha 'espada'. Iria espetá-lo sem dó. Quando cutuquei levemente a barriguinha dele com a ponta do espeto, me olhou e, em vez de uma 'carga de eletricidade', reagiu como se dissesse 'Piiika, Piiika...' Com aqueles olhinhos enormes... Quem resiste a um 'Piiika, piiika' daquele pokémon tão lindinho, com aquela voz de criança???



Baixei o espeto também, sem saber o que fazer... Então, tive uma ideia excelente: corri pegar minha máquina digital para tirar fotos, uai... Blogueiro é blogueiro...

Minha amada amante logo desconfiou que era um gambá. Pesquisamos no celular e encontramos seus primos, todos iguais, com a mesma carinha. Mas como ele chegou em casa, com um muro tão alto, cerca elétrica, ofendículos e outros apetrechos? Vai saber!

Descobri que os gambás brasileiros se adaptaram às áreas urbanas e vasculham lixo à procura de comida, como ratos. É lento e morre facilmente atropelado porque fica cego com a luz do farol.

Busquei uma caixa de papelão para prendê-lo. Cheguei perto. Mas e o medo de ele fazer aquele xixi fedido que gruda na roupa e não sai???



Desisti também. Resolvi abrir o vidro de cima da janela, empurrando o bicho. Ele era tão manso, mas tão manso, que foi olhando aquilo abrindo sem saber o que fazer. Logo, sendo empurrado, tentou se segurar, mas caiu. Correu, então, para a casinha dos botijões de gás e se escondeu por lá.

Resolvemos deixá-lo em paz e fomos dormir. De manhã, havia sumido. Restou a história engraçada e as fotos para marcar o momento. E ele nem deixou um e-mail de contato... Ingrato! rs

Em tempo: o gambá é um animal silvestre. Não é violento, a não ser que o ataque. Se encontrar algum, em horário normal, chame a Polícia Ambiental.


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