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Sonhei que era um anjo


De repente, fiquei iluminado e vi asas crescendo em minhas costas. Estava na rua, em frente a uma delegacia de polícia. Caminhei devagar em direção ao prédio, ouvindo ao fundo, não sei de onde, aqueles corais típicos de algo santo, vozes de crianças, como se dissessem "amém".

O prédio da polícia estava repleto de almas, boas e ruins. Eram elas meus alvos. Ouvia alguém dizer baixinho em um dos cômodos, assustado, que um anjo se aproximava. Uns corriam, outros ficavam estáticos, observando.

Em uma sala, sentado, havia um homem com cara de mau. Toquei em sua cabeça e com toda raiva que tinha dentro de mim gritei para que fosse para o inferno. E ele foi...

Continuei a lenta caminhada. Havia um cão muito pequeno e bonitinho no quintal que colocou o rabinho entre as pernas e ficou tremendo ao me ver. Comentei com alguém - não sei quem - que os animais conseguiam ver os anjos.

Apavorado, ele se encolheu e ficou ao meu pé, tremendo, mas me acompanhando. Havia também um cão enorme no quintal, preso em uma coleira. Parecia um bezerro. Apontei uma das mãos para ele e disse para ficar quieto. E ele ficou.

De volta ao interior do prédio, encontrei um senhor, sentado. Era calvo, com cara de boa pessoa. Toquei em seu rosto suavemente e disse que havia alguém ali à procura dele. Era sua esposa que vinha buscá-lo.

Uma cena emocionante. Mesmo assim, a reação dele foi mostrar seu celular e pedir desculpas a ela pelo atraso. Saíram abraçados.

De repente, o interfone da minha casa toca e meu sonho angelical termina. Era um funcionário da Telefônica, meu inferno astral nos últimos quatro dias por causa do Speedy...


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