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Quem precisa da Campus Party?


Sou apaixonado por tecnologia, mas não encontrei um motivo até hoje para me deslocar para São Paulo para participar da Campus Party, considerado o maior evento tecnológico do País. Maior em quê? Em reunir um monte de gente para navegar na internet em "alta velocidade"? Para mim, o evento está mais para uma lan house gigante e bagunçada.

As únicas coisas que salvam são algumas palestras. E mesmo assim, são personalidades confirmando o que todo mortal está careca de saber: que o futuro é a navegação nas nuvens, que os tablets ajudam na educação, que os professores precisam ser apaixonados pelo que fazem para dar uma boa aula...

Esses três temas "reveladores" estão na última edição do Link, caderno de informática do Estadão, fazendo um balanço do evento. Ah, vá!!!

Por falar em palestras, uma delas, com o blogueiro responsável pelo blog de humor "Não Salvo", confirmou o que todo internauta com um mínimo de bom senso também já sabe: que as pessoas compartilham porcarias e fofocas nas redes sociais sem se dar ao trabalho de confirmar se é verdade ou não em um site com credibilidade.

O blogueiro, que possui um montão de seguidores no Twitter, conseguiu "matar" o ator Edgar Viva, que interpreta o Seu Barriga na série Chaves, fazendo com que a mentira entrasse nos tópicos mais comentados durante sua palestra. Como que tanta gente dá credibilidade a alguém que vive do humor, da zoação?

Em resumo, a Campus Party é sempre mais do mesmo. Os participantes reclamam todo ano de um monte de problemas básicos, como segurança, calor, conexão e até água, e nada de proveitoso se tira do encontro. De tudo que li a respeito, nada inovador, nada diferente... Nada!!!

O primeiro problema do evento é o nome. Começou na Espanha e mesmo assim foi batizado em inglês. No Brasil, poderia ter recebido um apelido fácil ou coisa assim, mas os caipiras adoram inglês porque fica mais chique enrolar a língua.

Todo ano, os organizadores fazem um montão de promessas para o próximo. E as reclamações continuam... Seria incompetência na organização?

Então, pergunta o leitor, o que este blogueiro reclamão sugere para melhorar? Eu sugiro o fim do evento, simplesmente. Não tem serventia alguma. A menos que as pessoas gostem de sofrer em um local quente, sem água e com palestras que confirmem apenas o que se lê todos dia na própria internet hoje em dia; a menos que sirva apenas de ponto de encontro para quem tem tempo para gastar com futilidades.

O Brasil precisa, antes de tudo, investir em banda larga. É o essencial para a inclusão digital. A internet é, sim, um veículo de massa hoje em dia e precisaria ser considerada um bem básico, com altos investimentos do poder público e fiscalização das empresas que oferecem o serviço.

A sexta maior economia do mundo não pode deixar de investir em educação, saúde e tecnologia. Hoje, o próprio país é uma Campus Party: se acha, mas na verdade é apenas mais uma bagunça...

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